Dezessete policiais militares foram indiciados em inquérito da Polícia Civil pelo desaparecimento do adolescente Davi Fiúza, de 16 anos, em outubro de 2014, após uma abordagem policial em Salvador. A informação é do G1.
De acordo com o G1, o advogado Paulo Kleber Filho informou que entre os indiciados, estão dois tenentes, dois sargentos, e 13 homens que eram alunos da Polícia Militar na época do crime. Os dois tenentes e dois sargentos seguem em atividade na polícia, mesmo sendo alvos da investigação. O advogado ainda explicou, que segundo o inquérito da Polícia Civil, os envolvidos devem responder por sequestro, homicídio e ocultação de cadáver.
Ainda de acordo com o G1, após ser adiado por várias vezes, o inquérito foi concluído pela Polícia Civil e entregue ao Ministério Público do estado (MP-BA) no dia 2 de agosto, quase quatro anos após o caso, mas o órgão manteve em sigilo. Com o inquérito enviado ao MP-BA, a família da vítima espera que a denúncia seja encaminhada para a Justiça.
RELEMBRE O CASO
O adolescente David Fiúza sumiu no dia 24 de outubro de 2014, após uma abordagem realizada por policiais do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) e Rondas Especiais (Rondesp), no bairro de São Cristóvão, na capital baiana. A família denunciou que ele foi encapuzado com a própria roupa, por policiais. Ele teve mãos e pés amarrados e foi colocado no porta mala de um dos carros que não tinha plotagem. No momento da ação, o menino conversava com uma vizinha na Rua São Jorge de Baixo, que fica na comunidade de Vila Verde.
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