Os motoristas de transporte escolar da rede municipal de Ibirataia, no sul da Bahia, estão enfrentando um verdadeiro dilema para receberem seus salários em dia. É que as empresas contratadas pela prefeitura para prestarem os serviços vem atrasando os salários constantemente.
Ao Bahia em Dia, os profissionais afirmaram que esses atrasos se tornou rotineiro. Segundo relatos dos mesmos, antes as empresas pagavam os salários até o dia 10 do mês seguinte, porém ultimamente vem ocorrendo atrasos que chegam até ultrapassar o dia 20.
As empresas recebem pagamento da prefeitura e depois repassam aos motoristas. No entanto, os responsáveis pelas empresas alegam que os constantes atrasos vem ocorrendo por parte da prefeitura.
Com a situação ainda mais difícil, nesta segunda-feira (25), uma parte dos motoristas iniciaram uma paralisação para cobrar os salários que seguem em atraso. Os profissionais que suspenderam suas atividades trabalham para a Renascer, única empresa que até esta terça-feira (26) ainda não havia efetuado os pagamentos.
“Pagamos nossas contas sempre com atrasos e com juros. Alguns colegas estão com aluguel de suas residências em atrasados. Todo mês é isso, não sabemos mais o que fazer”, disse um motorista que preferiu preservar a identidade por medo de represarias.
O Bahia em Dia entrou em contato com o responsável pela empresa Renascer, que informou que até a presente data a prefeitura não havia feito os repasses para a empresa, porém foi confirmado que será realizado hoje – terça-feira (26).
O representante da empresa também justificou que os repasses são feitos sempre em até 24 horas após o pagamento das notas por parte do município contratante. Sendo assim, segundo o mesmo, não há atrasos por parte da empresa e, se realmente o repasse acontecer hoje, o pagamento aos motoristas será efetuado amanhã – quarta-feira (26).
Entramos em contato também com o secretário municipal de Educação, Elson Cajado, o qual nos informou que o município honra com todos pagamentos respeitando todos os trâmites legais do setor público. “Transporte escolar e merenda escolar são recursos federais, temos que ter uma responsabilidade grande”, disse o secretário.
“Até o meu conhecimento as empresas foram pagas. Essa que foi citada precisa tirar a nota fiscal respeitando o valor do imposto IR 2.4%. O setor financeiro já está articulando”, concluiu Elson.
(Bahia em Dia)