Impactos econômicos da Covid-19 – Pelo economista Luã Calhau

A pandemia paralisa a economia, afeta o comércio local, fecha entrada e saída de cidades, derruba bolsas, cancela eventos e coloca municípios em recessão.

A pandemia do COVID-19 tem provocado abalos em economias locais e paralisando atividades econômicas em todo mundo, com impactos na produção industrial, comércio, feiras livres, emprego e renda. Os governos estão colocando o pé no acelerador para tentar limitar o impacto econômico devastador da disseminação do coronavírus pelas famílias, trabalhadores e empresas.

Precisa-se fortalecer as redes de proteção social, mantendo as empresas, dando incentivo que não demitam trabalhadores. Os programas de garantia de empréstimos para as empresas mais afetadas são um bom início. Pois quanto mais fundo o do poço que entrarmos, mais longe ficará a superfície.

O comércio mundial irá recuar cerca de 32% neste ano. São impactos que perpassam por todo mundo. Houve simultaneamente um choque de oferta, por meio da quebra de cadeias globais de produção, de demanda, com as famílias parando de consumir e comprando menos, por queda da renda ou por medo de recessão. A pandemia do coronavírus vai fazer de 2020 o pior ano para a economia mundial desde a Grande Depressão de 29, segundo relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI). O FMI projeta que 80% dos países vão apresentar recuo da atividade econômica. O mercado brasileiro passou a estimar retração de 5,9% do PIB em 2020, segundo o Banco Central.

Como não se sabe por quanto tempo a pandemia pode se espalhar, é difícil para as autoridades calcular quanto dinheiro podem injetar nas economias e que medidas emergenciais podem ser adotadas para mitigar os efeitos mais imediatos sobre a renda das pessoas.

O que acontecerá com os desempregados, trabalhadores autônomos, informais e pequenas empresas?

Como as famílias pagarão o aluguel e os alimentos no supermercado?

E o que acontecerá às gigantes multinacionais que movimentam as cadeias produtivas internacionais e que agora começaram a paralisar suas produções?

São perguntas ainda sem solução nítida, mas o trabalho do governo é que ache soluções mais eficientes para os problemas da população.

Luã Calhau Nascimento – formado em economia pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

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