OAS pagou propina e caixa dois a Wagner, Gabrielli, Nilo e Pelegrino, diz delator

A construtora OAS distribuiu entre 2010 e 2014 cerca de R$ 125 milhões em propinas e repasses de caixa dois a pelo menos 21 políticos de oito partidos. O principal político baiano citado foi o ex-governador Jaques Wagner, que segundo a delação teria recebido  R$ 1 milhão de propina. O ex-secretário de planejamento do estado da Bahia e ex-presidente do Petrobras, José Sergio Gabrielli, recebeu uma mesada de R$10 mil reais por todo o ano de 2013.

O ex-presidente da presidente da Assembleia Legislativa da Bahia e hoje deputado federal Marcelo Nilo (PSB) recebeu propina que variava de R$ 50,00 a R$ 400 mil segundo os delatores. O executivo da OAS Adriano Santana disse que quem intermediava o recebimento de propina e caixa dois junto a OAS para o ex-governador era o empresário Carlos Daltro, ex-funcionário da empreiteira. Wagner está citado em dois anexos. Em um deles, descreve a utilização de um contrato fictício com uma empresa de Pernambuco para repassar, em 2013, a propina de R$ 1 milhão a Carlos Daltro, que seria operador de Wagner.

A lista de beneficiários baianos ainda inclui ainda o deputado federal Nelson Pelegrino. Por influência de Wagner, a OAS ampliou os pagamentos e foi o caso de Pelegrino (PT-BA), que teria recebido R$ 1 milhão, via caixa dois, em 2012, quando disputou e perdeu a eleição para a prefeitura de Salvador. A lista elencada pelos delatores é multipartidária e reuniria alguns dos mais proeminentes políticos do país no período. Entre os acusados de receber propina estão o senador José Serra (PSDB-SP), o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral. As informações são do jornal O Globo.