Policiais civis do Pará detiveram na manhã desta terça-feira (26), em caráter preventivo, quatro pessoas suspeitas de atear fogo em parte da vegetação da Área de Proteção Ambiental (APA) Alter do Chão, em setembro deste ano. Com cerca de 16.180 hectares (um hectare corresponde às medidas, aproximadamente, de um campo de futebol oficial), a unidade de conservação de uso sustentável fica no município paraense de Santarém, em uma região de forte apelo turístico devido às belezas naturais.
Os quatro suspeitos detidos integram a Brigada de Incêndio de Alter do Chão, organização não governamental (ONG) que atua no combate a queimadas na APA. Uma das hipóteses sob investigação é que os suspeitos causavam os incêndios para, depois, serem convocados para apagar as chamas e receber algo em troca. A reportagem ligou para os telefones indicados no site do grupo, mas não foi atendida.
Em uma página nas redes sociais, a ONG afirma que trabalha voluntariamente para proteger a floresta e os moradores de Alter do Chão e região, atuando de forma independente. Além dos quatro mandados judiciais de prisão preventiva, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais ligados aos investigados.
Comandada pela Delegacia Especializada em Conflitos Agrários de Santarém (Deca) e pelo Núcleo de Apoio à Investigação (NAI), a operação batizada de Fogo do Sairé é resultado de dois meses de investigação sobre as causas dos incêndios de grandes proporções que atingiram a região em setembro.
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