O Governo Lula sofreu uma derrota acachapante no Congresso ao apresentar Decreto para aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O IOF é um tributo federal cobrado sobre uma série de transações financeiras realizadas por pessoas físicas ou jurídicas no Brasil. O objetivo de Lula ao aumentar o IOF é arrecadar "mais" para tentar equilibrar as conta públicas, já que o Governo não consegue fazer o dever de casa e diminuir as despesas (a dívida pública já alcança a cifra de 77% do PIB).
Não satisfeito, Lula agora está considerando recorrer ao STF contra a legítima decisão do congresso que derrubou o aumento do IOF. Ou seja, Lula quer, através do STF, enquadrar o Poder Legislativo e colocá-lo à sua disposição e vontade.
Como Lula não perde a oportunidade da narrativa, já está acusando o congresso de defender os interesses das "coberturas" em detrimento dos "pobres". Lula adora falar dos pobres e se colocar como tal, más só como massa de manobra para servir aos seus interesses e egocentrismo. Com sua narrativa divisiva do "nós e eles", "ricos e pobres", "nunca antes na história deste país", etc., Lula impôs ao Brasil uma linha de fratura político-ideológica muito intensa e que, apesar de apequenada e mesquinha, conseguiu muitos adeptos. Esta visão tosca, rasteira, e odiosa da política e da nação implementada pelo Lulopetismo foi, sem dúvida, uma tentativa de afirmação de uma identidade política. E Lula continua preso a ela. Sempre foi um político vaidoso, do marketing pessoal, da verborréia e do espetáculo. E, como dizem os filósofos, "é através do espetáculo que a alma humana é aliciada".
Só que o espetáculo "Lula", com seu discurso inflamado e deliberadamente cheio de emoção, já não mais alicia a "alma humana", pois que a "alma humana" parece estar mais voltada para a voz da razão.
O Governo Lula, sem plano e sem projeto, está perdido, nas cordas. Mesmo assim Lula parece querer jogar nas costas da população e das empresas o ônus da sua irresponsabilidade fiscal e do fracasso político do seu governo. Ao recorrer ao STF contra o Legislativo, Lula joga o joguinho das luzes coloridas para tentar colorir as suas conveniências e transformar o seu fracasso político numa questão judicial.
E "na bola, no samba, na sola, no salto, lá vem o Brasil descendo a ladeira".
Por Yalu Tinôco - mestre em comércio internacional e políticas
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