As contas da Previdência Social registraram um déficit de R$ 26,2 bilhões em setembro, segundo dados divulgados pelo Ministério da Previdência e obtidos pela TV Globo. Isso indica que o governo federal gastou significativamente mais com o pagamento de aposentadorias e pensões do que conseguiu arrecadar para sustentar esses benefícios.
Com esse resultado, o déficit acumulado da Previdência neste ano teve uma alta considerável: foi quase 20% maior em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o rombo foi de R$ 21,9 bilhões. A comparação leva em conta o impacto da inflação, ou seja, é feita em termos reais.
Os dados correspondem ao “regime geral” da Previdência, que inclui aposentadorias, pensões e benefícios pagos a trabalhadores do setor privado. Esse déficit é o principal componente das despesas nas contas federais.
Os números refletem a dificuldade do governo em conter gastos obrigatórios, especialmente os relacionados a aposentadorias, em meio à pressão para equilibrar o orçamento.
O governo trabalha em um pacote de medidas para sustentar o arcabouço fiscal, ou seja, as regras atuais que orientam as contas públicas. Sem essas regras, cresce a preocupação com o descontrole fiscal e o aumento do endividamento.