Donald Trump "chegou" para dizer que não há mais a defesa das democracias liberais, que não há mais uma ordem internacional a ser preservada, e que não há mais diplomacia a ser cultivada. Isto parece ter ficado claro no encontro de Trump e Zelensky nesta sexta, 28/02/2025, na Casa Branca.
Ao se juntar ao autocrata Vladimir Putin, por razões geopolíticas que carecem de maior entendimento, Trump praticamente avaliza a ampliação da base territorial Russa por meio da agressão militar covarde em cima da Ucrânia.
Ao apoiar a Rússia de forma tão escancarada, Trump talvez queira justificar a sua própria pretensão expansionista: Canadá, Groenlandia, Panamá, Faixa de Gaza, etc.
Também valida, por tabela, qualquer tentativa de "grilagem" de terra internacional por quem se sente forte e poderoso. É a doutrina Trump da "paz através da força". E como fica a ordem política e econômica internacional já que o sistema baseado na regra da lei está sendo banido? Certamente sujeito ao excepcionalismo Americano, que é fundamentado no "Destino Manifesto" (crença de que os Estados Unidos foram escolhidos por Deus para expandir seu domínio pelo mundo).
Trump, do alto da sua arrogância e soberba, está falando grosso com os pequenos, virando as costas para os aliados políticos estratégicos e históricos, e submetendo a ordem mundial à instabilidade e à lei do mais forte.
A ascensão de autocratas nacionalistas como Putin, Xi Jinping, erdoģan, Trump incluido, etc., estão arrepiando o mundo ao buscarem a qualquer custo a glória para suas nações e para si mesmos, em detrimento de todo o resto.
Imperialismo, nacionalismo, concorrência econômica, corrida armamentista, aliança militar, etc, é uma mistura conducente às grandes guerras. O mundo ja assistiu a este filme antes.
Por Yalu Tinôco - mestre em comércio internacional e políticas
Receba diariamente as principais notícias! Siga a Rede Bahia em Dia no Whatsaap / Instagram / Facebook / Twitter (X) / YouTube / Rádio Web